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Quis o destino que o menino José nascesse no pequeno e pacato povoado de Matapuã, pedaço sagrado do dadivoso e próspero chão de Itabaiana - SE. No competente cartório da Comarca recebeu o nome de José Francisco da Cunha, nome com o qual o menino José recebeu a benção com a direita mão do pároco da freguesia que com o sagrado óleo de catecúmenos o ungiu, e com a santa água o consagrou cristão.
Como todo menino do interior, José coloriu sua infância brincando com ruminhas de areia, sabugos de milho, castanhas de caju e cavalos de pau, mas a brincadeira da qual o menino José mais gostava era de caco de prato valendo como dinheiro, dinheiro que tinha mais valor se o caco fosse dourado, aí valia muitos contos de réis que José os segurava com firmeza, e que de suas mãos só saíam em transações seguramente vantajosas, e em "negócios" visivelmente lucrativos.
Foi, portanto, no fantasioso mundo infantil que o menino José já dava nítidos sinais de um exímio comerciante, e mesmo se tratando de uma brincadeira, dinheiro e negócio foram desde sempre levados muito a sério. A natureza fez José crescer fisicamente e o tempo fez crescer em José a inteligência cabedal que soube usar e preservar como um bem inestimável. Na adolescência, o saudável José já demonstrava seu dinamismo, sua capacidade de trabalho já fazia a diferença no meio em que vivia.
Trabalhou na agricultura deixando em suas laboriosas mãos as marcas calosas do cabo da pesada enxada, mas logo descobriu ser outra a sua vocação. Trabalhou de ajudante de pedreiro e logo galgou o patamar de mestre no oficio de construir casas, que as fazia e vendia.
José resolveu alargar os passos e andar mais depressa em demanda aos seus objetivos. Foi ajudante de caminhão e aprendeu a dirigir com incrível facilidade, e em suas mãos, não mais a colher, nem o nível, o prumo passou a servir para aprumar na estrada o "Rei da montanha", vistoso caminhão marca internacional, dotado de grande carroceria feita caprichosamente em Itabaiana- SE, sobre a qual no vai e vem da movimentada Rio - Bahia transportou sua significativa cota do progresso brasileiro sobre rodas.
Já adulto José resolve novamente abraçar o seu tão sonhado ideal de construir, de transformar o horizontal em vertical, desafio que venceu e triunfou; tarefa que desempenhou com espantosa desenvoltura, até porque, José já estava acostumado a transformar o nada em alguma coisa, e como Midas, tudo o que sua mão tocava crescia, florescia e prosperava.
José veio conhecer Aracaju - SE e terminou sendo Aracaju que viu José, o José Cunha que lá do alto de mais um dos edifícios por ele construído, com os olhos fitos mirava a majestosa Serra de Itabaiana - SE, fantástica obra da natureza que certamente o inspirou para ser grande e sempre pensar alto.
A Construtora Cunha é hoje um destacado referencial no mundo da construção civil sergipana, e que muito vem contribuindo para o arrojado crescimento vertical de Aracaju - SE. O Grupo Cunha é indubitavelmente um sólido patrimônio que se soma a outras atividades e empresas, fruto do trabalho e, sobretudo da inteligência de José - o menino de Matapuã.